O subprocesso de Armazenagem constitui um elo entre o fornecedor, a produção e o cliente, formando um sistema do abastecimento à demanda e proporcionando, assim, um serviço eficiente ao cliente. Neste subprocesso são consideradas as atividades de Movimentação dos materiais, embalagens e produtos e acondicionamento dos estoques (estocagem). que estão intimamente ligadas ao espaço físico, ao manuseio e à movimentação dos materiais e produtos.
É importante destacar, para que se tenha um raciocínio lógico do subprocesso de Armazenagem, qual o entendimento do termo estocagem e qual a correlação existente com a armazenagem. No entendimento de alguns autores, há uma segregação de armazenagem e estocagem; neste estudo. será adorado o entendimento de que a estocagem é urna atividade da Armazenagem, na qual os materiais/embalagens e produtos são acondicionados durante um determinado período, até o momento de serem utilizados no processo de produção ou de sua comercialização.
Estocagem: "É uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado à focação estórica dos materiais. Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de estocagem. A estocagem é parte integrante da armazenagem."
Há um grande esforço por parte das empresas para minimizar o uso dos locais de armazenagem, com o objetivo de sincronizar a produção com a demanda do consumidor, visando a evitar o acúmulo dos estoques ao longo da cadeia para que obtenham menores custos, carregamentos e descarregamentos mais frequentes e giro mais rápido dos estoques.
No que diz respeito ao manuseio (handling) e à movimentação de materiais, são incluídos todos os movimentos associados ao recebimento na aquisição de materiais e produtos até o ponto de estocagem, como também a retirada destes materiais até o local onde serão utilizados ou os produtos expedidos para distribuição, como, por exemplo, movimentar os itens necessários às submontagens de motores de um caminhão ou painéis de carros, realizadas no processo produtivo da indústria automobilística.
Estabelecer o fluxo de movimentação dos materiais/produtos é o objetivo principal desta atividade. Assim, os problemas dela decorrentes implicam organizar as quantidades agregadas que devem ser produzidas, quando e onde devem ser fabricadas. As decisões operacionais de movimentação (deslocamento interno) dos materiais e produtos, estão relacionadas às seguintes questões, entre outras:
• áreas, condições e equipamentos e métodos operativos;
• inspeção e devolução de materiais;
• rotas de movimentação e manuseio;
• tempo de ciclo; e
• ativos logísticos envolvidos.
É imprescindível verificar se a movimentação de materiais e produtos é necessária. Se for, deve-se verificar se a distância entre as operações é mínima, se o layout existente proporciona o melhor fluxo, se os materiais são estocados no ponto de uso, entre outros fatores. Normalmente, considera-se que esta atividade não agrega valor ao produto, portanto essas operações devem ser mantidas em nível mínimo. Para itens de baixo valor unitário, a proporção dos custos de manuseio e movimentação, em relação ao custo total, pode ser significativa e deve ser minimizada, para evitar desperdícios (custos ocultos).
Há numerosos fatores que contribuem para a determinação dos custos de armazenagem, tais como:
Os custos do espaço de armazenagem, para acondicionar os estoques de materiais e produtos, podem estar relacionados a diferentes instalações, como armazéns próprios ou armazéns públicos/gerais. Dependendo da forma como os estoques estão sendo acondicionados, esses custos podem ser fixos ou variáveis. Fixos, quando se tratar de armazenagem própria e quando ocorrer em armazéns públicos. Esses custos, geralmente, variam com o nível de estoque.
No caso de armazenagem própria é necessário considerar que existem operações que apresentam alto valor agregado e requerem um investimento significativo por parte da empresa, gerando os seguintes custos:
• Custo de oportunidade sobre o Investimento em ativos logísticos (Imóveis, equipamentos, Instalações etc). O custo de oportunidade representa o valor que a empresa deixou de ganhar em outros projetos. quando optou pela utilização do Imóvel para estocagem. Representa o montante líquido que a empresa iria ganhar. se não tivesse utilizado os recursos na aquisição do imóvel para estocagem. A taxa de aplicação para o cálculo desse custo está relacionada ao tempo de investimento que sena feito. por exemplo. se o imóvel não fosse utilizado para benefícios próprios e sim, alugado a terceiros. em que o custo de oportunidade sena o valor cobrado por este aluguel não realizado ou a taxa de juros e a opção da empresa fosse pela aplicação desses recursos no mercado financeiro.
• Custos com a mão-de-obra envolvida (salários. benefícios e encargos sociais da mão-de-obra operacional e de supervisão, tais como conferentes. auxiliares. separadores e operadores de empilhadeiras);
• Custos com gastos condomínio (aluguéis, impostos, seguros, energia elétrica, água. Telecomunicações, segurança. limpeza etc);
• Custos com manutenção dos ativos destinados a armazenagem/movimentação;
• Custos com prestação de serviços de terceiros;
• Custos com depreciação dos ativos destinados a armazenagem/movimentação envolvidos nas operações logísticas. que correspondem ao tempo de utilização do Imóvel, das Instalações e dos equipamentos de manuseio/movimentação .
A depreciação é a perda de valor do bem pelo uso ou desgaste e seu cálculo depende do método a ser utilizado.
Esses custos fixos podem ser reduzidos pela eliminação de movimentos desnecessários na operação, acompanhados pelo aumento da rotatividade por meio do sistema todo, reduzindo o número de movimentos pelo aumento de quantidade movimentada (lote) em cada operação. As principais reduções ocorrem, quando se tentam reduzir o número de movimentações de materiais e distâncias (questões de layout), o espaço e os custos de mão-de-obra e níveis de inventário por tipo de material.
Os custos de armazenagem pública/geral (operador logístico), que são gerados pelas taxas de armazenagem, podem ser reduzidos por meio da redução de tarifas, de aluguel de contêineres, do planejamento de desova de contêineres e da integridade de dados de inventário, entre outros fatores.
São exemplos de armazenagem pública/geral em fluxos de importação/exportação os Terminais Retroalfandegados (TRA) (na zona portuária primária) e as Estações Aduaneiras do Interior (EADI) ou Depósitos Alfandegados Privados (DAP) (fora da zona primária), estes últimos chamados de portos secos (dry ports), que foram criados para diminuir o fluxo nas zonas primárias. Quando uma empresa utiliza os serviços de um armazém público/geral, tais como os TRA ou EADI, assim como quando decide terceirizar sua atividade de armazenagem para um operador logístico, sabe com precisão seus custos de armazenagem, bem como pode prever custos para níveis diferentes de atividade, pois os custos são conhecidos de antemão, por unidade estocada ou movimentada dependendo da negociação. Muitas empresas estão, inclusive, terceirizando os serviços de armazenagem para operadores logísticos, visando a reduzir seus custos, procurando "transformar" seus custos fixos em variáveis.
Quando uma empresa utiliza os serviços de um armazém público/geral, tais como os TRA ou EADI, assim como quando decide terceirizar sua atividade de armazenagem para um operador logístico, sabe com precisão seus custos de armazenagem, bem como pode prever custos para níveis diferentes de atividade, pois os custos são conhecidos de antemão, por unidade estocada ou movimentada, dependendo da negociação. Muitas empresas estão, inclusive, terceirizando os serviços de armazenagem para operadores logísticos, visando a reduzir seus custos, procurando "transformar" seus custos fixos em variáveis.
Outra decisão logística que deve encontrar um trade-off ótimo entre custos de transporte e de armazenagem é a opção de manter armazenagem própria utilizando·se de Centros de Distribuição, que estão muito em voga no momento, por poder proporcionar redução nos custos de manutenção de inventário e transportes, entre outros custos. A decisão de concentrar os produtos acabados em único centro de distribuição, por exemplo, envolve a análise de alguns trade-offs: os custos condominiais são reduzidos e pode, também, ser possível reduzir inventários; o volume para distribuição é menor, mas podem ser aumentados os custos de transporte e os decorrentes do nível de serviço comprometido com o cliente.
Os materiais e produtos chegam, muitas vezes aos armazéns em pequenas quantidades, vindas de diversos fornecedores ou pontos geográficos variados. Uma vez que exista um único armazém, torna·se necessário preparar carregamentos completos para outros pontos da rede logística, que são chamados de centros de distribuição avançados. O estoque é posicionado em vários elos de determinada cadeia de suprimentos e permite atender rapidamente às necessidades dos clientes de regiões distantes dos centros produtores. Estes poderiam ser considerados centros de distribuição regionais. Desta forma está implícito o conceito de Consolidação, que corresponde ao processo de juntar cargas de origens diversas, para formar carregamentos maiores, que também apresenta seus custos específicos.
Quando esse carregamento chega ao centro de distribuição ocorre a desconsolidação da carga – o processo inverso da consolidação, em que carregamentos maiores são desmembrados em pequenos lotes para serem encaminhados a destinos diferentes pelo sistema (cross docking).
Outra consideração a ser feita no que diz respeito ao trade-off com os custos de transporte e custos de manutenção de inventários está relacionada à estocagem em trânsito, que refere-se ao tempo em que os materiais/produtos permanecem em um veículo durante a entrega e é uma forma especial de armazenagem que requer integração com algum modo de transporte.
Os Custos da Atividade de Armazenagem, normalmente, são tratados, contabilmente, como custos indiretos de fabricação, quando mantêm estoques de matérias-primas ou produtos em processo em empresas industriais (associados à Logística de Planta). Portanto, são contabilizados nos estoques, aparecendo no Balanço Patrimonial enquanto não são consumidos. Quando os Estoques de Produtos Acabados são vendidos, aparecem na ORE como Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ou como Custos de Distribuição; quando estocam produtos acabados ou peças de reposição (associados à logística de distribuição), em muitas empresas são tratados como Despesas Comerciais. Estes custos são, predominantemente, de natureza fixa, quando se trata da armazenagem própria, e variáveis, quando dizem respeito à armazenagem pública/gerais.
Um fator que aumenta os custos de Armazenagem é a quantidade mantida em estoque, que só poderá ser movimentada com a utilização de mais mão-de-obra ou, então, com maior uso de equipamentos, tendo como consequência a elevação desses custos. No caso de um menor volume em estoque, o efeito é contrário.
Os principais trade-offs de custos que ocorrem nas atividades de Armazenagem e Movimentação de Materiais estão relacionados à Estocagem dos materiais/produtos entre os Custos de Manutenção de Inventário e Custos de Transporte, podendo ocorrer em função de decisões estratégicas e operacionais de armazenagem, inclusive sobre que produtos manter em cada local. Há, também, os custos com Tecnologia de Informação e Custos Tributários, mas que, também, são sensíveis às alternativas possíveis de uma rede logística com muitos armazéns.
Para reduzir os custos de transporte na entrega do pedido ao cliente, pode-se buscar a solução em depósitos regionais (CDs). Em contrapartida a essa decisão, os custos de manutenção de inventários e os custos de armazenagem tendem a aumentar.
Confira estes posts também: Razões de existência dos operadores logísticos, Princípios da Movimentação de Materiais e Armazéns Gerais
É importante destacar, para que se tenha um raciocínio lógico do subprocesso de Armazenagem, qual o entendimento do termo estocagem e qual a correlação existente com a armazenagem. No entendimento de alguns autores, há uma segregação de armazenagem e estocagem; neste estudo. será adorado o entendimento de que a estocagem é urna atividade da Armazenagem, na qual os materiais/embalagens e produtos são acondicionados durante um determinado período, até o momento de serem utilizados no processo de produção ou de sua comercialização.
Estocagem: "É uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado à focação estórica dos materiais. Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de estocagem. A estocagem é parte integrante da armazenagem."
Há um grande esforço por parte das empresas para minimizar o uso dos locais de armazenagem, com o objetivo de sincronizar a produção com a demanda do consumidor, visando a evitar o acúmulo dos estoques ao longo da cadeia para que obtenham menores custos, carregamentos e descarregamentos mais frequentes e giro mais rápido dos estoques.
No que diz respeito ao manuseio (handling) e à movimentação de materiais, são incluídos todos os movimentos associados ao recebimento na aquisição de materiais e produtos até o ponto de estocagem, como também a retirada destes materiais até o local onde serão utilizados ou os produtos expedidos para distribuição, como, por exemplo, movimentar os itens necessários às submontagens de motores de um caminhão ou painéis de carros, realizadas no processo produtivo da indústria automobilística.
Estabelecer o fluxo de movimentação dos materiais/produtos é o objetivo principal desta atividade. Assim, os problemas dela decorrentes implicam organizar as quantidades agregadas que devem ser produzidas, quando e onde devem ser fabricadas. As decisões operacionais de movimentação (deslocamento interno) dos materiais e produtos, estão relacionadas às seguintes questões, entre outras:
• áreas, condições e equipamentos e métodos operativos;
• inspeção e devolução de materiais;
• rotas de movimentação e manuseio;
• tempo de ciclo; e
• ativos logísticos envolvidos.
É imprescindível verificar se a movimentação de materiais e produtos é necessária. Se for, deve-se verificar se a distância entre as operações é mínima, se o layout existente proporciona o melhor fluxo, se os materiais são estocados no ponto de uso, entre outros fatores. Normalmente, considera-se que esta atividade não agrega valor ao produto, portanto essas operações devem ser mantidas em nível mínimo. Para itens de baixo valor unitário, a proporção dos custos de manuseio e movimentação, em relação ao custo total, pode ser significativa e deve ser minimizada, para evitar desperdícios (custos ocultos).
Há numerosos fatores que contribuem para a determinação dos custos de armazenagem, tais como:
- características de recebimento: contemplando volumes por grupo de produto, modo de transporte, características da carga etc;
- características de acondicionamento (estocagem - quantidade por palete, empilhamento de palete, temperatura requerida etc);
- características de seleção de pedido ou embarque - volume por grupo de produto, quantidade de lote de pedido, modo de transporte, taxa de atendimento de pedido e tempo de atendimento;
- necessidades de etiquetagem;
- características de re-embalagem (bens danificados e especiais);
- necessidade de mão-de-obra direta e de equipamentos; e
- necessidade de recursos indiretos (supervisão, manutenção de equipamentos, limpeza, segurança, suprimento etc).
Os custos do espaço de armazenagem, para acondicionar os estoques de materiais e produtos, podem estar relacionados a diferentes instalações, como armazéns próprios ou armazéns públicos/gerais. Dependendo da forma como os estoques estão sendo acondicionados, esses custos podem ser fixos ou variáveis. Fixos, quando se tratar de armazenagem própria e quando ocorrer em armazéns públicos. Esses custos, geralmente, variam com o nível de estoque.
No caso de armazenagem própria é necessário considerar que existem operações que apresentam alto valor agregado e requerem um investimento significativo por parte da empresa, gerando os seguintes custos:
• Custo de oportunidade sobre o Investimento em ativos logísticos (Imóveis, equipamentos, Instalações etc). O custo de oportunidade representa o valor que a empresa deixou de ganhar em outros projetos. quando optou pela utilização do Imóvel para estocagem. Representa o montante líquido que a empresa iria ganhar. se não tivesse utilizado os recursos na aquisição do imóvel para estocagem. A taxa de aplicação para o cálculo desse custo está relacionada ao tempo de investimento que sena feito. por exemplo. se o imóvel não fosse utilizado para benefícios próprios e sim, alugado a terceiros. em que o custo de oportunidade sena o valor cobrado por este aluguel não realizado ou a taxa de juros e a opção da empresa fosse pela aplicação desses recursos no mercado financeiro.
• Custos com a mão-de-obra envolvida (salários. benefícios e encargos sociais da mão-de-obra operacional e de supervisão, tais como conferentes. auxiliares. separadores e operadores de empilhadeiras);
• Custos com gastos condomínio (aluguéis, impostos, seguros, energia elétrica, água. Telecomunicações, segurança. limpeza etc);
• Custos com manutenção dos ativos destinados a armazenagem/movimentação;
• Custos com prestação de serviços de terceiros;
• Custos com depreciação dos ativos destinados a armazenagem/movimentação envolvidos nas operações logísticas. que correspondem ao tempo de utilização do Imóvel, das Instalações e dos equipamentos de manuseio/movimentação .
A depreciação é a perda de valor do bem pelo uso ou desgaste e seu cálculo depende do método a ser utilizado.
Esses custos fixos podem ser reduzidos pela eliminação de movimentos desnecessários na operação, acompanhados pelo aumento da rotatividade por meio do sistema todo, reduzindo o número de movimentos pelo aumento de quantidade movimentada (lote) em cada operação. As principais reduções ocorrem, quando se tentam reduzir o número de movimentações de materiais e distâncias (questões de layout), o espaço e os custos de mão-de-obra e níveis de inventário por tipo de material.
Os custos de armazenagem pública/geral (operador logístico), que são gerados pelas taxas de armazenagem, podem ser reduzidos por meio da redução de tarifas, de aluguel de contêineres, do planejamento de desova de contêineres e da integridade de dados de inventário, entre outros fatores.
São exemplos de armazenagem pública/geral em fluxos de importação/exportação os Terminais Retroalfandegados (TRA) (na zona portuária primária) e as Estações Aduaneiras do Interior (EADI) ou Depósitos Alfandegados Privados (DAP) (fora da zona primária), estes últimos chamados de portos secos (dry ports), que foram criados para diminuir o fluxo nas zonas primárias. Quando uma empresa utiliza os serviços de um armazém público/geral, tais como os TRA ou EADI, assim como quando decide terceirizar sua atividade de armazenagem para um operador logístico, sabe com precisão seus custos de armazenagem, bem como pode prever custos para níveis diferentes de atividade, pois os custos são conhecidos de antemão, por unidade estocada ou movimentada dependendo da negociação. Muitas empresas estão, inclusive, terceirizando os serviços de armazenagem para operadores logísticos, visando a reduzir seus custos, procurando "transformar" seus custos fixos em variáveis.
Quando uma empresa utiliza os serviços de um armazém público/geral, tais como os TRA ou EADI, assim como quando decide terceirizar sua atividade de armazenagem para um operador logístico, sabe com precisão seus custos de armazenagem, bem como pode prever custos para níveis diferentes de atividade, pois os custos são conhecidos de antemão, por unidade estocada ou movimentada, dependendo da negociação. Muitas empresas estão, inclusive, terceirizando os serviços de armazenagem para operadores logísticos, visando a reduzir seus custos, procurando "transformar" seus custos fixos em variáveis.
Outra decisão logística que deve encontrar um trade-off ótimo entre custos de transporte e de armazenagem é a opção de manter armazenagem própria utilizando·se de Centros de Distribuição, que estão muito em voga no momento, por poder proporcionar redução nos custos de manutenção de inventário e transportes, entre outros custos. A decisão de concentrar os produtos acabados em único centro de distribuição, por exemplo, envolve a análise de alguns trade-offs: os custos condominiais são reduzidos e pode, também, ser possível reduzir inventários; o volume para distribuição é menor, mas podem ser aumentados os custos de transporte e os decorrentes do nível de serviço comprometido com o cliente.
Os materiais e produtos chegam, muitas vezes aos armazéns em pequenas quantidades, vindas de diversos fornecedores ou pontos geográficos variados. Uma vez que exista um único armazém, torna·se necessário preparar carregamentos completos para outros pontos da rede logística, que são chamados de centros de distribuição avançados. O estoque é posicionado em vários elos de determinada cadeia de suprimentos e permite atender rapidamente às necessidades dos clientes de regiões distantes dos centros produtores. Estes poderiam ser considerados centros de distribuição regionais. Desta forma está implícito o conceito de Consolidação, que corresponde ao processo de juntar cargas de origens diversas, para formar carregamentos maiores, que também apresenta seus custos específicos.
Quando esse carregamento chega ao centro de distribuição ocorre a desconsolidação da carga – o processo inverso da consolidação, em que carregamentos maiores são desmembrados em pequenos lotes para serem encaminhados a destinos diferentes pelo sistema (cross docking).
Outra consideração a ser feita no que diz respeito ao trade-off com os custos de transporte e custos de manutenção de inventários está relacionada à estocagem em trânsito, que refere-se ao tempo em que os materiais/produtos permanecem em um veículo durante a entrega e é uma forma especial de armazenagem que requer integração com algum modo de transporte.
Os Custos da Atividade de Armazenagem, normalmente, são tratados, contabilmente, como custos indiretos de fabricação, quando mantêm estoques de matérias-primas ou produtos em processo em empresas industriais (associados à Logística de Planta). Portanto, são contabilizados nos estoques, aparecendo no Balanço Patrimonial enquanto não são consumidos. Quando os Estoques de Produtos Acabados são vendidos, aparecem na ORE como Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ou como Custos de Distribuição; quando estocam produtos acabados ou peças de reposição (associados à logística de distribuição), em muitas empresas são tratados como Despesas Comerciais. Estes custos são, predominantemente, de natureza fixa, quando se trata da armazenagem própria, e variáveis, quando dizem respeito à armazenagem pública/gerais.
Um fator que aumenta os custos de Armazenagem é a quantidade mantida em estoque, que só poderá ser movimentada com a utilização de mais mão-de-obra ou, então, com maior uso de equipamentos, tendo como consequência a elevação desses custos. No caso de um menor volume em estoque, o efeito é contrário.
Os principais trade-offs de custos que ocorrem nas atividades de Armazenagem e Movimentação de Materiais estão relacionados à Estocagem dos materiais/produtos entre os Custos de Manutenção de Inventário e Custos de Transporte, podendo ocorrer em função de decisões estratégicas e operacionais de armazenagem, inclusive sobre que produtos manter em cada local. Há, também, os custos com Tecnologia de Informação e Custos Tributários, mas que, também, são sensíveis às alternativas possíveis de uma rede logística com muitos armazéns.
Para reduzir os custos de transporte na entrega do pedido ao cliente, pode-se buscar a solução em depósitos regionais (CDs). Em contrapartida a essa decisão, os custos de manutenção de inventários e os custos de armazenagem tendem a aumentar.
Confira estes posts também: Razões de existência dos operadores logísticos, Princípios da Movimentação de Materiais e Armazéns Gerais
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