Os estoques (ou inventários) são ativos tangíveis, adquiridos ou produzidos por uma empresa, visando a sua comercialização ou utilização própria em suas operações. O nível de inventário a ser mantido depende do nível de serviço objetivado e da política a ser adorada pela empresa, e essa decisão está relacionada à incerteza na demanda ou no fornecimento.
Cada atividade da empresa tem uma intenção e um comportamento diferente em relação à manutenção dos estoques.
A atividade de Marketing, por meio de seus canais de distribuição, gostaria de atender a seus clientes, disponibilizando estoques diversificados e estando o mais próximo possível destes.
A Produção pretende atender ao volume programado, dispondo de todo o material necessário para sua viabilização aos custos unitários previstos.
Compras, por sua vez, quer realizar bem sua atividade, ao menor custo possível por unidade comprada.
Nenhum dos agentes supracitados quer comprometer suas operações e ser cobrado pelo fato de ter decidido manter inventário, para não prejudicar a avaliação de seu desempenho.
O fato de reduzir os níveis de estoque, sem uma análise preliminar sobre o grau de eficiência do transporte, do armazém e do processamento de pedidos, pode gerar um aumento no Custo Logístico Total.
Dessa maneira os Estoques são representados por itens:
2- adquiridos pela empresa, mas que estão em trânsito, a caminho da sociedade, na data do balanço, quando sob condições de compra FOBI, porto de embarque (fábrica ou depósito do vendedor)
3- de propriedade da empresa, mas que estão em posse de terceiros para consignação, armazenagem, beneficiamento etc.
Cada empresa deve determinar seus próprios custos de inventário e procurar minimizar a totalidade desses custos, em razão dos níveis de serviço exigidos pelo cliente. Os custos para manter o estoque devem incluir somente aqueles que variam com os níveis de estoque e que podem ser agrupados em:
1- Custo de oportunidade dos estoques: o estoque exige capital que pode ser utilizado para outros investimentos. Para estabelecer o custo de oportunidade do capital empatado nos estoques, no caso de uma indústria, deve-se buscar apenas o montante correspondente ao desembolso feito pela empresa na aquisição de materiais, mão-de-obra direta e outros que variam em relação ao volume de produção. Outros custos de fabricação que são absorvidos no custo do produto, e não variam em relação ao produto, não devem ser considerados como base de cálculo do custo de oportunidade do capital investido em estoques, por não considerarem um desembolso direto de estoques. Ao investir em estoques, a empresa renuncia à taxa de retorno que poderia obter com tais investimentos, em outras alternativas. A determinação da taxa de oportunidade mais adequada ao custo de oportunidade de manter estoques é inerente ao tipo de investimento que se faria, caso os recursos não fossem aplicados em estoques.
2- Custos de serviços de inventário (impostos e seguros): Os custos de serviços de inventário incluem os custos com impostos e seguros. No Brasil, não existem tributos incidentes sobre os estoques. Alguns autores comentam que nos EUA, por exemplo, há tributos incidentes sobre o inventário. No que diz respeito aos seguros, estes incidem sobre o valor dos estoques, por um determinado período de tempo, em função do risco ou exposição ao risco a que o material ou produto está exposto. Produtos com maior valor agregado ou materiais perigosos têm custos de seguros mais elevados.
3- Custos de espaço para a armazenagem (estocagem): Se houver custos variáveis em relação ao espaço de armazenagem, como no caso de armazéns públicos/gerais ou alugados, onde o custo é calculado em função do volume estocado, devem ser considerados como custo de manutenção dos estoques. "Apenas as cobranças do armazém públicos devem ser incluídas nos custos de manutenção de estoques, uma vez que trata-se de cobranças de armazenagem pública que variarão com o nível de estoques".
4- Custos de riscos de estoques: Os custos de riscos de estoques dependem do tipo de materiais e produto estocados e, incluem: obsolescência, avarias, perdas e custos de realocação.
Os custos de deterioração e obsolescência costumam relacionar-se ao ciclo de vida do produto e podem tomar várias formas: o estoque pode deteriorar-se, enquanto armazenado (perecibilidade, incêndio etc.); pode tornar-se tecnicamente obsoleto (se o projeto original for modificado) ou "sair de moda" (mudança de estação. sazonalidade etc.).
As avarias (quebras, produtos danificados etc.) nos estoques podem ocorrer nos subprocessos/atividades de transporte e armazenagem, enquanto as perdas envolvem possíveis roubos que requerem segurança. Os custos de realocação, por sua vez, envolvem as transferências de materiais/produtos entre armazéns, visando a evitar excessos em um armazém e obsolescência em outro.
5 Custo total de manutenção de inventário: Para se obter o custo total para manter o estoque, faz-se a somatória de todos os custos inerentes ao mesmo, sendo; custos de capital sobre investimentos em estoques (custo de oportunidade), custos de serviços de inventário, custos de espaço para armazenagem (variável) e custos de riscos de estoques, mas devem ser considerados os trade-offs entre outros elementos de custos, tais como transporte e armazenagem.
A relação entre custos de transporte pode ocorrer quando o transporte tem seus custos reduzidos em função do aumento do nível de consolidação, pois, quanto maior a ocupação do caminhão ou outro modo, menor é o custo unitário de transporte. Porém, com o aumento da consolidação da carga, os lotes de transferências aumentam e, com isso, o custo de manutenção dos inventários também aumenta, necessitando de maior espaço de armazenagem, recursos financeiros para manter ativos, maior controle etc. Em situação inversa, para reduzir-se os custos de manutenção dos inventários, torna-se necessário reduzir os lotes; isto poderá impossibilitar a consolidação da carga, aumentando-se os custos de transporte.
Os trade-offs dos custos de manutenção do inventário, armazenagem e transporte são claros, pois, por exemplo, viagens frequentes entre armazém e varejista podem significar menores lotes para embarque, custos de inventário baixos e custos de transporte altos. Por outro lado, se houver menos viagens com embarques grandes, haverá maiores custos de inventário e menores custos de transporte.
Os trade-offs dos custos de manutenção do inventário, armazenagem e transporte são claros, pois, por exemplo, viagens frequentes entre armazém e varejista podem significar menores lotes para embarque, custos de inventário baixos e custos de transporte altos. Por outro lado, se houver menos viagens com embarques grandes, haverá maiores custos de inventário e menores custos de transporte.
Confira estes posts também: Sobre os Custos de Armazenagem e Movimentação de Materiais, Sobre os Custos de Transporte e Sobre os Custos de Embalagem
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