E que você deve evitá-los.
Provavelmente nunca ninguém lhe falou as principais falhas que você micro ou pequeno empresário pode estar cometendo na gestão financeira da sua empresa. Aproveite este artigo, o qual foi sugerido por um aluno e empresário.“Eu já montei e tive que fechar cinco empresas, depois dessa cruel experiência decidi voltar para a sala de aula”. Este foi o desabafo que um dos alunos do curso de Planejamento e gestão financeira, fez no primeiro dia de aula. A resistência para sair da rotina de trabalho, originada quase sempre pelo conforto é grande, mas chega uma hora que não tem outra saída. Foi o caso deste empresário, que depois dessa triste experiência, que aconteceu entre os 33 e 58 anos de idade, decidiu buscar conhecimento e se atualizar.
Vejamos as principais falhas que temos percebido na área financeira, tanto em trabalhos de consultoria e assessoria, como em cursos abertos e fechados:
- Acreditar que basta colocar um software de gestão financeiro para controlar as contas da empresa.
- Acreditar que somente um funcionário pode tomar conta das finanças, dependendo do tamanho da empresa.
- Acrescentar às contas da empresa, suas contas particulares e até as contas da família, para o funcionário controlar.
- Misturar as contas da empresa com as contas particulares, inclusive com cartões de crédito pessoal, transferências de contas (pessoa física/pessoa jurídica), etc.
- Fazer retiradas avulsas das contas da empresa durante o mês de acordo com sua necessidade particular.
- Valor do pró-labore crescente e/ou indefinido (variável) todo mês.
- Não registrar as entradas e saídas de dinheiro com precisão e no instante do fato.
- Não dispor de um plano de contas gerencial (não tributário) que identifique e agrupe as principais contas da empresa (entradas e saídas no caixa e receita e despesa no demonstrativo de resultados).
- Exigir do funcionário melhor controle, sem este dispor das condições da segurança e da autonomia para controlar o caixa.
- Colocar o funcionário do financeiro para fazer outros serviços ou serviço externo.
- Pegar dinheiro do caixa, sem comunicar o responsável pelo controle.
- Acreditar que o saldo do caixa no final do mês é o lucro da empresa.
- Não controlar e fazer inventários periódicos, valorizando o estoque.
- Não dispor de controles a fim de conhecer com precisão o estoque inicial, estoque final e o custo da mercadoria vendida (ou custo da matéria prima).
- Gastar o saldo do caixa para pagar contas particulares e outros negócios.
- Não fazer uma reserva de caixa para despesas eventuais de final e inicio de ano.
- Acreditar que é difícil (ou impossível) fazer uma previsão de fluxo de caixa.
- Confundir lucratividade com rentabilidade.
- Confundir fluxo de caixa com demonstrativo de resultados.
- Confundir custos fixos com variáveis e vice-versa.
- Acreditar que acrescentando uma porcentagem “X” aos custos operacionais, é a forma correta de formar o seu preço de venda.
- Não considerar descontos, devoluções, garantias e as despesas escondidas como: encargos sociais, depreciação, seguros, etc, na apuração de resultados.
- Confundir contas de caixa com contas de resultados.
- Confundir regime de caixa com regime de competência.
- Não calcular e atualizar o capital de giro necessário para a empresa.
- Não conhecer e nem calcular o seu ponto de equilíbrio para controle, tomada de decisões e criação de estratégias sazonais.
- Não saber com precisão qual o lucro (ou prejuízo) da empresa.
- Acreditar que são os funcionários que precisam da empresa (emprego).
- Contratar mais parentes baseado somente pela confiança e/ou por pena.
- Prescindir das novas tecnologias da informação.
Daí os clientes começam a migrar para os concorrentes mais atualizados e agressivos, terminando com o fechamento do negócio. Essa é a triste história deste aluno e de milhares de empreendedores e pequenos empresários do Brasil e do planeta inteiro. O negócio era bom em quanto era pequeno – dava para administrar e ganhar dinheiro.
Agora, as condições externas e internas estão muito diferentes, os clientes estão cada vez mais exigentes, existem muito mais opções no mercado para atender as mesmas necessidades. Depois que a empresa começa a crescer, a situação fica mais difícil de administrar.
Se pelo menos cinco destas situações estiverem acontecendo com você (ou com seu amigo), sua situação é delicada e muito perigosa. A tendência é piorar cada vez mais.
Autor: Federico Amory (Consultor da Eficaz consultoria de gestão, especialista em reestruturação organizacional e empresas familiares. http://www.empresa-eficaz.com.br - ee@empresa-eficaz.com.br)
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