O desenvolvimento da armazenagem como um serviço ao cliente é o que direciona todas as tendências nesta atividade inserida nas Cadeias de Abastecimento.
Graças ao poder cada vez maior da tecnologia da informação e às demandas dos clientes por estoques reduzidos, customização e custos mais baixos, os armazéns estão entrando numa era onde a ênfase estará cada vez mais na movimentação com sincronização, oposto à estocagem e velocidade, e, portanto, terão que encontrar meios inovadores para conduzir estas novas demandas.
A dimensão das caixas continuará diminuindo à medida que as empresas se esforçam para atender apenas a quantidade de reposição necessária na prateleira do varejista, assim como a habilidade do fabricante em produzir.
O armazém do futuro cada vez mais se tornará a "tubulação" para unir as empresas na cadeia de abastecimento.
Vincular o armazém ao programa de produção é uma característica do armazém tradicional.
O programa de produção será dinâmico e baseado na demanda do mercado. A ligação entre o programa de produção e a demanda será em tempo real, e não fixa, como anteriormente.
Um armazém nunca se tornará obsoleto porque sempre existirá uma diferença entre os ritmos da demanda e produção.
Não importa quão flexível o ambiente de manufatura se torna, será um desafio inalcançável combinar exatamente a resposta com a demanda.
O foco do armazém passará da estocagem estática para o movimento dinâmico. Esta mudança significa que as empresas estarão preocupadas com as características do destino, em vez das características de estocagem, e os centros de distribuição tenderão a ser uma operação de cross-docking, e não um acumulador de materiais.
Mas a estocagem ocorrerá com incremento de tempo cada vez menor e ocorrerá cada vez mais próxima do mercado, talvez em localizações satélites.
As empresas se afastarão dos tradicionais canais de distribuição. Todavia, poderão usar uma rede que começa com um armazém de matéria-prima (localizado nas instalações do fabricante ou fornecedor), o qual abastecerá o processo de manufatura. Os centros de distribuição regionais serão eliminados, onde possível, e os fornecedores despacharão diretamente para um ponto de uso final, outro local na manufatura ou direto para uma loja.
Os centros de distribuição de amanhã estarão localizados próximos dos centros populacionais e das rotas de transporte. As empresas com múltiplos CDs estarão partindo para uma ou duas instalações principais. Estas serão mais eficientes, mais orientadas para o processo, com mais foco sobre a eficiência da expedição e sistemas de informação.
As áreas de estocagem diminuirão e várias outras operações estarão acontecendo dentro do armazém, agregando valor ao processo.
As necessidades do armazém do futuro serão avaliadas, baseando-se na cadeia de abastecimento como um todo, e, graças à moderna tecnologia da informação, algumas das tradicionais atividades de armazenagem poderão ser realizadas por outros ou eliminadas.
Por exemplo, algumas finalizações ou acabamentos nos produtos que atualmente são feitas na montagem, poderão ser customizadas no armazém antes do envio aos clientes.
Os princípios do postponement serão implementados. No armazém do futuro o que entra não é o que sai.
Atividades que agregam valor, como rotulagem final, embalagem, formação de kits, configuração do produto, serão realizadas no armazém e não na fábrica.
O armazém será um centro de controle coordenando várias atividades com muitos parceiros na cadeia de abastecimento.
A futura armazenagem pode não ser um prédio específico, pois pode estar na instalação da manufatura, um armazém de terceiros, ou no cliente, ou pode até ser um armazém virtual em trânsito.
A implementação de sistemas em tempo real reduzirá ainda mais o tempo do ciclo do pedido, com mais velocidade e qualidade, e aumentará a capacidade de processamento sem erros. Hoje, tais sistemas são a exceção, em vez de regra. No futuro, tais sistemas serão a regra, em vez de a exceção.
Para o armazém do futuro a visibilidade será a chave, rastreando o produto seja na forma de uma matéria-prima, na entrada, ou na forma de produto acabado, na distribuição.
Procure um sistema inteligente para comunicação com o sistema de operação, como empilhadeiras, transportadores contínuos, etc.
Os sistemas de armazenagem serão projetados para otimizar o movimento dentro do armazém com sistemas de endereçamento dinâmico com interface gráfica para otimizar a localização do produto dentro do armazém.
Graças à inteligência artificial e à contínua evolução dos softwares, os sistemas serão capazes de sugerir cenários e depois executá-los.
Isto significa que as pessoas que trabalham com Logística terão nas pontas dos dedos a capacidade de reconfigurar e controlar todo o sistema logístico. Isto fornecerá total flexibilidade.
A tecnologia de movimentação de material avançada permitirá flexibilidade no armazém.
Sistemas de separação "sem papéis" serão intensamente utilizados. O custo desta tecnologia está caindo e os benefícios estão aumentando, permitindo que mais e mais pessoas usem radiofrequência (RF) e equipamento de código de barras, telas de vídeo em consoles, etiquetas de identificação (smart cards) por RF que podem ser usadas para identificar cargas unitárias, carretas e contêineres.
O reconhecimento da voz é outra tecnologia sem o uso de papéis que virá. Na verdade, a tecnologia da voz pode tornar possível o funcionário de um armazém falar num microfone numa língua, fazer o sistema interpretá-lo para o inglês, depois responder de volta na língua original.
Nossas empilhadeiras estarão interligadas com comunicação de dados naturalmente.
Pode levar algum tempo para substituir as empilhadeiras de hoje pelas de amanhã. Até lá então podemos ver uma série de empilhadeiras com dispositivos portáteis instalados.
A dificuldade de encontrar e manter os funcionários do armazém resultará num ímpeto de tornar o armazém mais favorável ao usuário. Espere para ver mais dispositivos de posicionamento de cargas para que sejam minimizados os esforços de alcançá-los. Haverão empilhadeiras com assentos, direção e controles ergonomicamente favoráveis e capazes de acomodar uma ampla faixa de funcionários.
Equipar os armazéns com mão-de-obra mais inteligente e mais rápida, que tenha conhecimento de informática, imporá os desafios aos gerentes dos armazéns do amanhã.
O trabalho em equipe continuará sendo importante nos armazéns do futuro. Isso significa que as pessoas que não operam a instalação precisarão ser auto-suficientes. Continuarão as tendências de eliminar os níveis de supervisão aumentando os de coordenação.
Mas o ambiente para o trabalho de equipe será diferente do que é hoje. Não haverá equipes de recebimento, expedição ou separadores – todos serão operadores de armazém e trabalharão onde se fizer necessário.
Muitos armazéns trabalharão com dois ou três turnos no futuro. Cada vez mais o uso da tecnologia no armazém permitirá que estes funcionários, em horários alternativos, assim como seus colegas do turno do dia, operem dispositivos de radiofrequência e leitoras de código de barras e saibam se estão trabalhando de acordo.
Com múltiplos turnos, será necessário o suporte técnico por 24 horas, para manter os sistemas cada vez mais sofisticados e de supervisão que pode detectar e corrigir os problemas conforme eles ocorrem.
As empresas precisarão de pessoas de manutenção mais inteligentes que possam usar estes novos sistemas mais inteligentes, diagnosticar o problema e orientar a solução dos problemas.
Autor: Eduardo Banzato
Gerente de Consultoria da IMAM Consultoria Ltda.
Confira também este post: A Visão de Futuro da Armazenagem
Graças ao poder cada vez maior da tecnologia da informação e às demandas dos clientes por estoques reduzidos, customização e custos mais baixos, os armazéns estão entrando numa era onde a ênfase estará cada vez mais na movimentação com sincronização, oposto à estocagem e velocidade, e, portanto, terão que encontrar meios inovadores para conduzir estas novas demandas.
A dimensão das caixas continuará diminuindo à medida que as empresas se esforçam para atender apenas a quantidade de reposição necessária na prateleira do varejista, assim como a habilidade do fabricante em produzir.
O armazém do futuro cada vez mais se tornará a "tubulação" para unir as empresas na cadeia de abastecimento.
Vincular o armazém ao programa de produção é uma característica do armazém tradicional.
O programa de produção será dinâmico e baseado na demanda do mercado. A ligação entre o programa de produção e a demanda será em tempo real, e não fixa, como anteriormente.
Um armazém nunca se tornará obsoleto porque sempre existirá uma diferença entre os ritmos da demanda e produção.
Não importa quão flexível o ambiente de manufatura se torna, será um desafio inalcançável combinar exatamente a resposta com a demanda.
O foco do armazém passará da estocagem estática para o movimento dinâmico. Esta mudança significa que as empresas estarão preocupadas com as características do destino, em vez das características de estocagem, e os centros de distribuição tenderão a ser uma operação de cross-docking, e não um acumulador de materiais.
Mas a estocagem ocorrerá com incremento de tempo cada vez menor e ocorrerá cada vez mais próxima do mercado, talvez em localizações satélites.
As empresas se afastarão dos tradicionais canais de distribuição. Todavia, poderão usar uma rede que começa com um armazém de matéria-prima (localizado nas instalações do fabricante ou fornecedor), o qual abastecerá o processo de manufatura. Os centros de distribuição regionais serão eliminados, onde possível, e os fornecedores despacharão diretamente para um ponto de uso final, outro local na manufatura ou direto para uma loja.
Os centros de distribuição de amanhã estarão localizados próximos dos centros populacionais e das rotas de transporte. As empresas com múltiplos CDs estarão partindo para uma ou duas instalações principais. Estas serão mais eficientes, mais orientadas para o processo, com mais foco sobre a eficiência da expedição e sistemas de informação.
As áreas de estocagem diminuirão e várias outras operações estarão acontecendo dentro do armazém, agregando valor ao processo.
As necessidades do armazém do futuro serão avaliadas, baseando-se na cadeia de abastecimento como um todo, e, graças à moderna tecnologia da informação, algumas das tradicionais atividades de armazenagem poderão ser realizadas por outros ou eliminadas.
Por exemplo, algumas finalizações ou acabamentos nos produtos que atualmente são feitas na montagem, poderão ser customizadas no armazém antes do envio aos clientes.
Os princípios do postponement serão implementados. No armazém do futuro o que entra não é o que sai.
Atividades que agregam valor, como rotulagem final, embalagem, formação de kits, configuração do produto, serão realizadas no armazém e não na fábrica.
O armazém será um centro de controle coordenando várias atividades com muitos parceiros na cadeia de abastecimento.
A futura armazenagem pode não ser um prédio específico, pois pode estar na instalação da manufatura, um armazém de terceiros, ou no cliente, ou pode até ser um armazém virtual em trânsito.
A implementação de sistemas em tempo real reduzirá ainda mais o tempo do ciclo do pedido, com mais velocidade e qualidade, e aumentará a capacidade de processamento sem erros. Hoje, tais sistemas são a exceção, em vez de regra. No futuro, tais sistemas serão a regra, em vez de a exceção.
Para o armazém do futuro a visibilidade será a chave, rastreando o produto seja na forma de uma matéria-prima, na entrada, ou na forma de produto acabado, na distribuição.
Procure um sistema inteligente para comunicação com o sistema de operação, como empilhadeiras, transportadores contínuos, etc.
Os sistemas de armazenagem serão projetados para otimizar o movimento dentro do armazém com sistemas de endereçamento dinâmico com interface gráfica para otimizar a localização do produto dentro do armazém.
Graças à inteligência artificial e à contínua evolução dos softwares, os sistemas serão capazes de sugerir cenários e depois executá-los.
Isto significa que as pessoas que trabalham com Logística terão nas pontas dos dedos a capacidade de reconfigurar e controlar todo o sistema logístico. Isto fornecerá total flexibilidade.
A tecnologia de movimentação de material avançada permitirá flexibilidade no armazém.
Sistemas de separação "sem papéis" serão intensamente utilizados. O custo desta tecnologia está caindo e os benefícios estão aumentando, permitindo que mais e mais pessoas usem radiofrequência (RF) e equipamento de código de barras, telas de vídeo em consoles, etiquetas de identificação (smart cards) por RF que podem ser usadas para identificar cargas unitárias, carretas e contêineres.
O reconhecimento da voz é outra tecnologia sem o uso de papéis que virá. Na verdade, a tecnologia da voz pode tornar possível o funcionário de um armazém falar num microfone numa língua, fazer o sistema interpretá-lo para o inglês, depois responder de volta na língua original.
Nossas empilhadeiras estarão interligadas com comunicação de dados naturalmente.
Pode levar algum tempo para substituir as empilhadeiras de hoje pelas de amanhã. Até lá então podemos ver uma série de empilhadeiras com dispositivos portáteis instalados.
A dificuldade de encontrar e manter os funcionários do armazém resultará num ímpeto de tornar o armazém mais favorável ao usuário. Espere para ver mais dispositivos de posicionamento de cargas para que sejam minimizados os esforços de alcançá-los. Haverão empilhadeiras com assentos, direção e controles ergonomicamente favoráveis e capazes de acomodar uma ampla faixa de funcionários.
Equipar os armazéns com mão-de-obra mais inteligente e mais rápida, que tenha conhecimento de informática, imporá os desafios aos gerentes dos armazéns do amanhã.
O trabalho em equipe continuará sendo importante nos armazéns do futuro. Isso significa que as pessoas que não operam a instalação precisarão ser auto-suficientes. Continuarão as tendências de eliminar os níveis de supervisão aumentando os de coordenação.
Mas o ambiente para o trabalho de equipe será diferente do que é hoje. Não haverá equipes de recebimento, expedição ou separadores – todos serão operadores de armazém e trabalharão onde se fizer necessário.
Muitos armazéns trabalharão com dois ou três turnos no futuro. Cada vez mais o uso da tecnologia no armazém permitirá que estes funcionários, em horários alternativos, assim como seus colegas do turno do dia, operem dispositivos de radiofrequência e leitoras de código de barras e saibam se estão trabalhando de acordo.
Com múltiplos turnos, será necessário o suporte técnico por 24 horas, para manter os sistemas cada vez mais sofisticados e de supervisão que pode detectar e corrigir os problemas conforme eles ocorrem.
As empresas precisarão de pessoas de manutenção mais inteligentes que possam usar estes novos sistemas mais inteligentes, diagnosticar o problema e orientar a solução dos problemas.
Autor: Eduardo Banzato
Gerente de Consultoria da IMAM Consultoria Ltda.
Confira também este post: A Visão de Futuro da Armazenagem
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