Quero compartilhar uma visão atual e de tendências para o
futuro (muito próximo) dos negócios do setor de varejo em geral, considerando
algumas questões que serão cada vez mais significativas para a rentabilidade e
competitividade das empresas.
A inovação tem sido a mola mestra para iluminar os caminhos
dos empreendedores em cenários de crescente competição. Destaco aqui algumas
estratégias de inovação alicerçadas em marketing, logística e automação de
processos.
No Marketing, já é sabido que o comportamento dos
consumidores vem migrando de 'Lealdade' para 'Preferencia', impondo mudanças
drásticas nas estratégias de mercado. O tempo gasto em realizar uma compra,
quer seja em lojas físicas ou virtuais, tem sido e será cada vez mais
preponderante na escolha do consumidor, impactando em sua preferencia. A
despeito da força e do avanço da propaganda, percebo cada vez mais que o
consumidor precisa se sentir “amparado” em suas decisões de compra e aqui
existem muitas oportunidades inexploradas. É preciso ser ético, responsável,
honesto e transparente. Questões como: qual deve ser a estratégia do varejista
frente aos desafios de oferecer produtos com qualidade e preços justos? Qual é
mensagem percebida pelo consumidor: a de que o varejista é um mero repassador
de custos?... ou que ele está obstinado em evitar ao máximo este repasse,
demonstrando seu constante esforço em negociar com seus fornecedores, sempre
objetivando encontrar as melhores alternativas de compra para seu público consumidor?
Como tangibilizar esta estratégia (e esforço) para o consumidor no ambiente
físico ou virtual? Enfim, como estabelecer uma condição que possibilite em
relação de preferência mais duradoura?
Os impactos mais frequentes na Logística são a pressão pela
redução de custos, o aumento da velocidade de entrega de mercadorias, a
operacionalização de novas fontes e locais de suprimento, as mudanças nas
politicas de estoques e o atendimento multicanal (atendimento simultâneo nos
canais físico e virtual). Some-se a isto a realidade da escassez de
competências (pessoas) para atuar em processos cada vez mais complexos neste
ambiente de negócios.
Neste contexto, a automação de processos tem relevância
crescente no sentido de proporcionar o atendimento aos preceitos básicos de
Logística: "O produto certo, no lugar certo, no momento certo, na
qualidade desejada e ao menor custo total". Cada vez mais será necessário
eliminar o gap das competências de pessoal com uso intensivo de tecnologia:
softwares customizados e equipamentos que apoiem a execução de todas tarefas
(computadores, tablets, smartphones, leitores de código de barras, câmeras,
RFID - Radio-Frequency IDentification), análise de big data, e também a IOT – Internet Of Things, que
promete facilitar em tempo real as equipes de trabalho, no sentido de elevar a
produtividade. A automação é a grande saída para se elevar o patamar de
qualidade dos processos, reduzir falhas e, consequentemente, melhorar o nível
de serviço.
Este aparato tecnológico é fundamental para apoiar os
varejistas na rota de “proteger” seus consumidores, mesmo considerando as
adversidades nas relações com seus fornecedores (e sua crescente concentração),
a escassez de competências dos novos entrantes no mercado de trabalho, o
aumento da violência, as restrições legais (trabalhistas e fiscais) e
governamentais (tributárias) e, sobretudo, a premente necessidade de redução
dos impactos destas operações no meio ambiente.
Autor: Nyssio Ferreira Luz - Membro do GIE – Grupo de
Intercâmbio Empresarial – Belo Horizonte – MG; Membro da Câmara da Indústria de
Energia – FIEMG - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e Diretor
do IBRALOG – Instituto Brasileiro de Logística.
Fonte: IBRALOG.org.br
Confira estes posts também: Princípios da Movimentação de Materiais e Razões de Existência do Operadores Logísticos
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