quinta-feira, 23 de março de 2017

A Importância da Logística Empresarial

Logística empresarial é vital para a economia e para a empresa individual. É fator-chave para incrementar comércio regional e internacional. Sistemas logísticos eficientes e eficazes significam melhor padrão de vida para todos. Na firma individual, atividades logísticas absorvem uma porção significativa de seus custos individuais. Estes custos, que são em média cerca de 22% das vendas, determinam muitas vezes se uma firma será competitiva. Boa administração é essencial.

Logística empresarial tem como objetivo prover o cliente com os níveis de serviços desejados. A meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível. Isto é transportes, manutenção de estoques, processamento de pedido e de várias atividades de apoio adicionais.
Centro de Distribuição

Administração de materiais e distribuição física integram-se para formar o que se chama hoje de logística empresarial. Muitas companhias desenvolveram novos organogramas para melhor tratar das atividades de suprimento e distribuição, freqüentemente dando status de alta administração para a função, ao lado de marketing e produção. O tempo da logística empresarial está chegando e uma nova ordem das coisas está começando.

A natureza da distribuição física faz parte da logística empresarial. Distribuição física é aquele aspecto da administração de empresas que trata de servir a demanda pelos produtos e serviços da firma. Ela é executada nos três níveis da administração: 1) no longo prazo, isto é, o planejamento estratégico de como a distribuição deve ser executada; 2) a utilização do sistema de distribuição, isto é, o planejamento tático; e 3) a execução diária das tarefas de distribuição, isto é, a operação. As muitas alternativas que a administração tem para garantir serviço de distribuição física eficiente e eficaz fazem desta uma área complexa para o gerenciamento.
Os conceitos de compensação de custos, do custo total e do sistema total são muito importantes para o tema em tela.

A compensação de custos reconhece que os modelos de custos das várias atividades da firma pôr vezes exibem características que colocam essas atividades em conflito econômico entre si.
Os conceitos de custo total e compensação de custos caminham lado a lado. O conceito de custo total reconhece que os custos individuais exibem comportamentos conflitantes, devendo ser examinados coletivamente e balanceados no ótimo.

O terceiro princípio é o conceito de sistema total. Representa uma filosofia para gerenciamento da distribuição que considera todos os fatores afetados de alguma forma pelos efeitos da decisão tomada. 

Essencialmente, esses conceitos nos animam a olhar além da minimização dos custos isolados de transporte, de estoque ou de processamento de pedidos. Pelo contrário, áreas que têm comportamentos opostos nos seus perfis de custo, como transportes e estoques, devem ter suas parcelas de custo identificadas e balanceadas numa combinação ótima. Esta ideia de compensar custos conflitantes deveria ser estendida até os limites da responsabilidade pela distribuição física da firma, uma vez que existem interfaces com áreas como marketing e produção e mesmo com atividades logísticas das firmas, além dos limites da própria empresa.

O tipo de distribuição depende em grande parte da natureza do produto movimentado, do padrão de sua demanda, dos custos relativos das várias opções de distribuição física e das exigências de nível de serviço.

De muitas formas, a administração de materiais é o inverso da distribuição física. Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de a partir dela. Muitas atividades da administração de materiais são compartilhadas com a distribuição física. Entretanto, existem algumas diferenças que são a chave da boa administração do fluxo de suprimento. Essas diferenças enfocam principalmente o modo pelo qual os fluxos são iniciados e sincronizados e a seleção das fontes de fornecimento.

A movimentação de bens na parte do abastecimento da empresa, a atividades de suprimento físico são bastante semelhantes àquelas da distribuição física, sendo as diferenças uma questão de grau e da maneira com que os fluxos são iniciados. Devido a estas similaridades, pode-se argumentar que a administração integrada do suprimento físico e da distribuição faz sentido para a maior parte das companhias.

As atividades-chave para a administração de materiais são processamento de pedidos, transportes e controle de estoques, as mesmas da distribuição física. As atividades que apoiam estas funções-chave são armazenagem, manuseio de materiais, obtenção, embalamento protetor e manutenção de informação. O gerente de materiais utiliza essas atividades para suprir a operação da produção com peças e materiais necessários. Isto é realizado pelo abastecimento para estoque em antecipação a essas necessidades. O gerente de materiais procura oferecer bom nível de serviço de maneira eficiente.

Administração de materiais é função dentro da organização que tem diversos significados, dependendo de quem a define. Aqueles que a enxergam a partir do ponto de vista da distribuição física freqüentemente a vêem como atividade de compras. Aqueles com visão de compras a vêem como uma função que engloba, além das atividades de movimentação do fluxo de suprimento da organização, muitas das atividades da distribuição física. Administração de materiais tem a conotação de gerenciar as atividades de movimentação e estoque no lado do suprimento da organização. A função deveria incluir não apenas aquelas atividades que resultam no movimento de peças e materiais para a firma, mas também aquelas atividades preocupadas com a disposição de rejeitos e o retorno de materiais insatisfatórios aos fornecedores. Dessa forma, a administração de materiais vai além das atividades de compras e está voltada principalmente com o movimento de bens para o abastecimento da empresa.
Operação
O nível de serviço é uma das razões do esforço logístico. Ele tem muitas dimensões, mas, para o especialista da área, a média e a variabilidade do tempo de preenchimento e entrega do pedido, a exatidão com que os pedidos são preenchidos e as condições com que os produtos chegam são suas principais incumbências. Estes são os elementos do nível de serviço que costumam estar sob controle da logística e que são em geral facilmente mensuráveis.

Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. O nível de serviço logístico é fator-chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está associado aos custos de prover esse serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos. 

Controlar o nível de serviço é vital. O custo logístico cresce rapidamente à medida que maior nível de serviço é estabelecido. Além disso, o nível de serviço tem efeito gerador de receita pela influência que tem na escolha do fornecedor com o melhor serviço. Acaba ocorrendo um balanceamento entre as vendas produzidas por melhor serviço e os custos necessários para provê-los. Portanto, ele é um elemento-chave no desenvolvimento de estratégias logísticas.

Quando uma estratégia é desenvolvida, ela deve ser administrada. Isto envolve o monitoramento das necessidades dos clientes e a determinação das diferentes dessas necessidades pôr tipo de cliente, área geográfica e tipo de produto. Assim, padrões devem ser fixados para auxiliar a manutenção dos níveis de serviço da firma, planos para paralisações do sistema logístico e para possível recolhimento de produto são modos adicionais pelos quais os clientes podem ficar satisfeitos com o desempenho logístico do fornecedor.

Toda logística gira em torno do produto. Suas características freqüentemente moldam a estratégia logística necessária para deixar o produto disponível para o cliente. Compreender a natureza do produto pode ser valioso para o projeto do sistema logístico mais apropriado. O produto também é elemento sobre o qual a logística exerce controle apenas parcial.

O produto, tanto um bem como um serviço, é o objeto do esforço logístico. Compreender a natureza do produto em seu ambiente econômico dá ao especialista indicações úteis para o planejamento da estratégia de suprimento e distribuição do produto. 

A classificação dos produtos auxilia a agrupá-los conforme o comportamento de seus consumidores. Clientes de bens finais têm necessidades de nível de serviço logístico diferentes daquelas dos clientes industriais. Mesmo clientes dentro de uma mesma classe podem Ter diferenças significativas em suas necessidades de serviço. Uma boa estratégia de distribuição fica muitas vezes óbvia quando se faz identificações e classificação cuidadosas para o produto.

O ciclo de vida do produto descreve o nível de atividades das vendas que a maioria dos produtos alcança com o tempo. Os quatro estágios do ciclo de vida são: 1) introdução, 2) crescimento, 3) maturidade e 4) declínio. Cada estágio pode requerer estratégias diferentes para distribuição.

A curva ABC expressa o fato de que a grande maioria das vendas de uma empresa é derivada de apenas relativamente poucos de seus produtos. Esta curva pode ser simplesmente o resultado de diferentes produtos em diferentes estágios de seu ciclo de vida. Esta desproporção entre vendas e número de produtos pode ser muito útil quando se decide a localização de produtos dentro do sistema de distribuição e quais produtos devem ser estocados num dado depósito.

As características do produto centram-se em determinados atributos físicos e econômicos que influenciam substancialmente o projeto do sistema logístico. Essas características são expressas como: 1) relação peso-volume, 2) relação valor-peso, 3) substitutibilidade e 4) característica de risco. A embalagem é uma das duas dimensões adicionais do produto, pode alterar as características do produto e, portanto, os requisitos para o sistema de distribuição.

A formação de preço é a outra dimensão. Como os clientes tendem a estar geograficamente dispersos e os custos variam em base geográfica, determinados aspectos da formação de preços são do interesse da logística. Apesar de o especialista da área não envolver-se normalmente com questões de preço, o uso de incentivos no preço é mais facilmente justificado com base nos custos logísticos do que em outros fatores.

O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maior parte das firmas. O frete costuma absorver dois terços do gasto logístico e entre o 9 a 10% do produto nacional bruto para a economia americana como um todo. Por esta razão, o especialista em logística deve Ter bom conhecimento deste tema.

O sistema de transporte dos Estados Unidos é composto de equipamentos, com os quais pessoas, bens e serviços são movimentados, e da rede física sobre a qual este movimento acontece. Existem cinco modos básicos de transporte para mover cargas e passageiros entre as cidades, a saber: modo ferroviário, rodoviário, hidroviário, dutoviário e aeroviário. Estes transportadores movimentaram quase 2,2 trilhões de toneladas-milhas e 1,6 trilhões de passageiros-milhas em 2012. Estes números não incluem o enorme volume de bens transportados dentro das áreas metropolitanas ou por intermédio de automóveis particulares ou mesmo a pé, que não são contados nas estatísticas.
Porto
Nos Estados Unidos, o usuário de transportes tem um número de opções. Ele pode escolher qualquer um dos serviços oferecidos pelos cinco modais básicos, selecionar um serviço integrado multimodal ou mesmo possuir ou contratar equipamento para providenciar seu próprio serviço. Para os usuários, o transporte é redutível a algumas características quantificáveis de custo e desempenho: 1) custo direto do serviço, 2) tempo médio para entrega, 3) variabilidade do tempo de entrega e 4) perdas e danos. Dados sobre essas características para os vários modais dão apoio ao processo de tomada de decisões logísticas.

O transporte internacional é uma área de interesse crescente e interessa ao profissional de logística. O equipamento utilizado domesticamente, com exceção de que certos elementos têm sua importância relativa alterada. Por exemplo, o contêiner é popular no transporte internacional. As rotas, naturalmente, são diferentes daquelas usadas internamente. O usuário de transporte internacional pode sentir-se sufocado pela maior documentação, pelas diferenças na responsabilidade do transportador, pelos vários procedimentos aduaneiros, todos eles complicados porque dois ou mais governos têm jurisdição sobre a movimentação. Por sorte, existe um excesso de intermediários, agentes, despachantes de frete e comissariarias para auxiliá-lo.

A administração de tráfego ou de transportes é o braço operacional da função de movimentação realizada pela atividade logística. Sua principal responsabilidade é garantir, todo dia, que as operações de transporte sejam executadas eficaz e eficientemente.

Quando são utilizados transportadores contratados, as principais preocupações estão no uso eficiente deles em negociar os melhores fretes possíveis e na documentação necessária para iniciar o movimento de mercadorias, que serve para cobrança dos pagamentos e para estabelecer responsabilidade pelas mercadorias em trânsito. O transporte próprio interessa-se principalmente em programar o uso eficiente do equipamento e em garantir o nível de serviço desejado. Diferentes tipos de decisão são tomadas em cada caso.

Armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da firma.

Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais acontece, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos destas atividades estão intimamente associados à seleção desses locais.

Armazéns ou centrais de distribuição executam um papel-chave para aumentar a eficiência da movimentação de mercadorias. Permitem a compensação eficaz dos custos de estocagem com menores custos de transporte, ao mesmo tempo em que mantêm ou melhoram o nível de serviço.

A armazenagem está disponível sob várias formas, conforme a possessão da facilidade e o grau de controle operacional desejado pelo usuário. Este pode beneficiar-se de diversas formas pelo uso de depósitos; as mais populares são a estocagem, a consolidação e a transferência de fretes. No caso de armazenagem pública, existem vários tipos de serviços oferecidos ao usuário. Os depósitos públicos podem também chegara a manipular toda a atividade de distribuição para o cliente. 

A armazenagem pode ser encarada como um custo direto adicional do canal de suprimento ou de distribuição. Esta despesa pode ser justificada pelas economias indiretas de custos obtidas. Entretanto, a estocagem pode ser eliminada ou reduzida drasticamente pelo uso do conceito just-in-time, que deveria sempre ser explorado como alternativa à armazenagem.

Manuseio de materiais é um dos principais fatores geradores de custo no composto de atividades logísticas. O arranjo geral, arranjo físico detalhado e carregamento do armazém têm impacto significativo na eficiência do manuseio. A movimentação interna não pode ser separada dos outros itens associados à utilização do espaço físico de armazenagem. Balancear o projeto do depósito com as considerações operacionais, de ordem prática, produz um projeto do depósito com as considerações operacionais, de ordem prática, produz um projeto final mais adequado. Os benefícios e os custos de diversos sistemas de embalagem e empacotamento foram examinados, assim como vantagens e desvantagens da carga granelizada.

A problemática do projeto de embalagens está intimamente associa da ao manuseio de produtos. É fator instrumental para a operação econômica do sistema de movimentação e armazenagem e que tem interface com as atividades de marketing. Apesar de o projeto de embalagens atender a muitos objetivos, o profissional de logística tenta obter embalagens que minimizem o custo total do manuseio e maximizem a utilização do espaço físico.

Finalmente, movimentação de materiais, armazenagem e projeto de embalagem não devem ser encarados como atividades restritas apenas ao depósito. O profissional deve permanecer atento aos benefícios potenciais quando especificar essas funções, de maneira a alcançar o máximo grau de compatibilidade ao longo de todo o canal de distribuição ou suprimento, mesmo quando parte deste pode ficar fora do controle direto da companhia.

"Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pegos com algum estoque" é uma frase que descreve bem o dilema da administração de estoques. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa.

Os estoques se encaixam no composto de atividades logísticas. O inventário consome grandes somas de capital, que poderiam ser usadas em outros projetos da empresa. Também ele é necessário para manter o nível de serviço ao cliente, assim como a operação eficiente das atividades de produção e distribuição. Bom gerenciamento de estoques é essencial.



O enfoque apropriado para controlar os níveis de estoques deveria ser cuidadosamente desenvolvido a partir do padrão particular de demanda que cada produto apresenta. Apesar de muitas destas técnicas exigirem certos conhecimentos avançados de estatística e programação matemática, os casos mais importantes das técnicas de empurrar ou puxar estoques foram descritos em nível básico. Eles servem como métodos fundamentais para gerar procedimentos mais complicados de gestão. O enfoque just-in-time que minimiza a necessidade de estoques de produtos acabados. 

A administração de estoque tem como tarefa minimizar o investimento em inventário ao mesmo tempo que providencia os níveis de disponibilidade almejados. Este é um problema de encontrar o balanço ótimo dos custos de aquisição, manutenção de estoque e faltas. Tanto os métodos teóricos como práticos para controle de inventário têm esta finalidade.

No afã de garantir o fluxo de produtos numa organização, os profissionais de logística podem ter necessidades de coordenar seus esforços com atividades que não estão totalmente sob seu controle. A aquisição, suprimento, obtenção, ou qualquer que seja o título dado, é basicamente uma função de compras. A programação da produção é tradicionalmente uma responsabilidade da manufatura ou operação. Apesar disso, a administração destas áreas pode Ter impacto significativo nos objetivos logísticos e estão mais e mais tornando-se parte das responsabilidades do pessoal de logística. Por isso, estes devem preocupar-se com aqueles aspectos da aquisição e da programação da produção que podem afetar o fluxo de materiais.

A aquisição e a programação da produção são duas atividades que afetam substancialmente o fluxo de materiais de e para a organização. Elas podem não ser responsabilidade total do pessoal de logística, mas existem sobreposições suficientes para que elas sejam tratadas pelo menos como atividades de interface e, no máximo, como parte da organização logística. De qualquer forma, a área de logística deveria estar envolvida no processo de decisão dessas funções, que afetam a programação e o volume do fluxo de bens.

A programação da produção é o planejamento do sistema produtivo para atender as necessidades de venda. A programação do fluxo de materiais é a principal decisão após o estabelecimento da capacidade produtiva e de sua localização. O cálculo de necessidades gera os sinais de quando comprar ou produzir e em que quantidade. Assim, a programação da produção e a aquisição estão estreitamente relacionadas.

A aquisição é responsável por obter os materiais produtivos necessários (assim como materiais para revenda) a preços justos, em quantidades especificadas e entregá-los no local e instante certos. É essencialmente uma função de compras. Entretanto, algumas decisões importantes, como seleção de fornecedores, política de preços e fazer-ou-comprar, estabelecem os custos e a importância do suprimento físico na organização.
A inclusão ou não da programação da produção e da aquisição no composto de atividades logísticas ainda é questão de debate. Entretanto, deve-se reconhecer que a coordenação entre essas áreas é essencial.



O ditado "tempo é dinheiro" está no coração das atividades de entrada e processamento de pedidos no composto logístico. A velocidade com que as informações precisas de vendas são comunicadas pelo sistema logístico freqüentemente determina a eficiência das suas operações do mesmo, sendo o fator-chave no nível de serviço finalmente oferecido ao cliente. Assim, comunicações lentas e imprecisas podem custar muito caro para a organização, pois consumidores irados transformam-se em vendas perdidas, os estoques tornam-se excessivos, o transporte fica imprevisível e a programação da produção pode gerar preparações desnecessárias e custosas. Processamento rápido e exato dos pedidos minimiza o tempo de resposta ao cliente e suaviza o comportamento do fluxo de mercadorias pelo sistema logístico.

As características essenciais da entrada e processamento de pedidos são: 1) a natureza da entrada e processamento dos pedidos, 2) as atividades básicas do sistema de entrada de pedidos, 3) os enfoques alternativos para a entrada e processamento de pedidos e 4) os procedimentos operacionais do sistema de entrada de pedidos.

O terceiro elemento-chave das atividades logísticas primárias, é a entrada e processamento de pedidos. É uma atividade importante, pois sua duração faz parte do tempo de ciclo total, que é elemento-chave do nível de serviço oferecido aos clientes. Sua velocidade e precisão são itens importantes para a administração desta função. O fluxo de informações de pedidos é fator a ser considerado no projeto e operação do sistema logístico.

O processamento de pedidos subdivide-se em tarefas como a entrada de pedidos, tratamento, verificação de crédito, relatórios de andamento e cobrança. Nem todos estes processos afetam a duração do tempo de ciclo. O bom projeto do sistema minimiza o número destas tarefas a serem completadas em seqüência, de forma a abreviar o tempo de ciclo o máximo possível.

O projeto e a operação do sistema de entrada e processamento de pedidos têm sido afetados pela moderna tecnologia mecânica e eletrônica. A decisão de optar-se pela automação deve ser cuidadosamente avaliada em função do volume de ordens a serem processadas e da flexibilidade necessária.

"As informações não podem ser melhores que os dados que as geraram" é uma máxima freqüentemente citada sobre a qualidade da informação que alimenta o processo decisório. Reconheceu-se há muito tempo que o desempenho do planejamento e controle gerencial depende da quantidade, forma e precisão das informações disponíveis. Até alguns anos atrás, os dados na organização eram classificados, recuperados e manipulados manualmente. Com a introdução e disseminação dos computadores nos negócios, o manuseio da informação ficou bem mais formalizado. Elaborados sistemas de informação são hoje lugar-comum.

O sistema de informações logísticas (SIL) é um subsistema do sistema de informações gerenciais (SIG), que providencia a informação especificamente necessária para a administração logística.

Boa informação é um ingrediente vital no planejamento, operação e controle de sistemas logísticos. Com a crescente popularidade dos computadores na comunidade de negócios, eles transformaram -se nos principais guardiães e manipuladores de boa parte do sistema de informações operacionais de uma organização. As atividades de armazenagem de dados, classificação, manipulação e análise são designadas aos sistemas de informações gerenciais. A estrutura composta por pessoas, equipamentos, métodos e controle dirigidos para problemas específicos de fluxo de materiais é chamada de sistema de informações logísticas.

O sistema gera informação que é utilizada por grande variedade de pessoas na organização, desde a alta administração até o pessoal operacional, sendo empregado para planejar, operar e controlar o sistema logístico. O sistema em si tem três partes básicas: 1) a entrada, 2) o processamento e 3) a saída. A complexidade do sistema, não importando se ele é computadorizado ou manual, rápido ou lento, depende de a administração conhecer suas necessidades dos diversos tipos de informação para tomada de decisão, do formato da informação e da rapidez com que ela deve ficar disponível. Sistemas de informação estão ficando tão importantes para o planejamento e controle da logística que a administração tem dado um espaço organizacional especial para seu cuidado e manutenção.

Raramente clientes desejam comprar bens ou serviços nos locais onde é mais econômico produzi-los. O especialista em logística deve projetar e especificar: 1) as maneiras pelas quais produção e demanda devem ser compatibilizadas e 2) como suas diferenças geográficas devem ser transpostas. Esta é a tarefa do planejamento.

A concepção da rede logística, que deve movimentar produtos (ou serviços) desde as fontes até os consumidores finais, é a chave para prover o nível de serviço necessário para gerar vendas e controlar os custos. O planejamento do sistema pode ser dividido em um problema espacial e outro temporal. O problema espacial ou geográfico envolve a localização estratégica dos sítios de armazenagem e a definição das rotas que as mercadorias devem seguir. O problema temporal ou dinâmico envolve a determinação dos melhores métodos para controle de estoques, entrada e processamento de pedidos. Um projeto extensivo do sistema pode ser conseguido com a composição das soluções de ambos os problemas.

Boa compreensão do problema da concepção do sistema logístico pode ser obtida pelo entendimento dos conceitos e princípios básicos de ciclo de vida do produto, da estrutura de fretes, da teoria do ponto dominante para localização e da curva ABC. Entretanto, mais recentemente, o uso de modelos matemáticos sofisticados tem-se desenvolvido, para auxiliar na análise de problemas de localização, estrutura de canal e planejamento operacional. Pesquisas demonstram que um número crescente de companhias vem empregando esses procedimentos computadorizados no seu planejamento.

Finalmente, os fatores de risco associados à responsabilidade legal ou às contingências podem modificar de modo significativo o projeto de sistemas logísticos determinados apenas pelo balanço entre custo e serviço.

Ter excelente planejamento para disponibilizar produtos e serviços para os clientes não garante que os objetivos logísticos serão cumpridos. Estes planos devem ser colocados em ação es seus desempenhos devem ser continuamente monitorados. Assim, é responsabilidade da operação do sistema logístico definir a estrutura interna na empresa, que deverá controlar o fluxo de bens e serviços e planejar as atividades logísticas. 

A organização e o controle são duas atividades-chaves em logística. A organização trata especificamente da estruturação dos relacionamentos entre os profissionais da empresa, de maneira a administrar as atividades logísticas eficazmente. O projeto organizacional define quem tem autoridade e responsabilidade pelo planejamento e controle dos custos e do nível de serviços logísticos.

As alternativas de estrutura organizacional variam desde relacionamentos informais até relações formais rigidamente definidas. O propósito desta seleção de alternativas é alcançar a coordenação entre as diversas atividades logísticas, que podem estar em conflito umas com as outras. A escolha de uma estrutura organizacional em particular depende: 1) da natureza das operações da firma, 2) da importância da logística em face de marketing, finanças e manufatura dentro da empresa, e de 3) do clima organizacional específico da firma.

O posicionamento organizacional dentro da estrutura da firma é um compromisso entre: 1) o desejo de manter uma organização descentralizada e próxima aos clientes, oferecendo serviço rápido e bem ajustado às suas necessidades específicas, e 2) o anseio de manter uma organização centralizada, que oferece boa coordenação entre as atividades e controle rígido dos custos. O posicionamento é assunto importante para empresas maiores, que têm diversas divisões e múltiplas linhas de produtos. 

As considerações organizacionais não se restringem apenas à parte interna da empresa. A organização necessária para coordenar as atividades de membros associados, mas legalmente separados, no canal logístico oferece inúmeras oportunidades para a administração, mas hoje ainda é pouco explorada. 

O controle da logística recebe constante atenção por parte da administração, pois um ambiente constantemente mutável e eventos imprevistos a todo momento desviam as atividades logísticas dos seus níveis de desempenho planejados. Pode-se acabar não atingindo os objetivos da companhia.

O controle gerencial envolve: 1) a definição de metas e padrões de desempenho, 2) a medida do desempenho e 3) a tomada de ações corretivas. As ferramentas básicas do controle são os diversos relatórios e auditorias que medem o desempenho. O uso de computadores para auxiliar a administração nas tarefas rotineiras de controle do sistema está-se disseminando cada vez mais.

O futuro da logística é mesmo brilhante. As tendências econômicas mostram que os custos para movimentação de bens e distribuição de serviços devem crescer proporcionalmente às outras atividades, tais como manufaturas e marketing. O aumento nos custos de combustível, a implantação de melhorias de produtividade e a questão ecológica vão contribuir para o prestígio da logística. A maior importância dos assuntos logísticos vai atrair maior atenção por parte da administração.

A inflação, o consumismo e a ecologia são forças que atuam para prestigiar a logística. Entretanto, o caráter de suas operações não vai ser muito diferente do atual. O uso de tecnologias novas e revolucionárias não será o foco de atenção dos administradores para solução de seus problemas logísticos nas duas próximas décadas. Pelo contrário, a administração cautelosa vai procurar extensões da tecnologia existente. O uso de computadores deverá expandir-se substancialmente.

As responsabilidades do profissional de logística deverão aumentar rapidamente nas próximas duas décadas. Não apenas será responsável pelas funções de distribuição física e de administração de materiais no seu país, como também deverá controlar a crescente área da logística internacional. Finalmente, o profissional começará a aplicar seus conceitos e princípios aos problemas operacionais das organizações de serviços, tais como bancos, igrejas e hospitais. Pelo ano 2000, esses problemas serão tão importantes quanto os da manufatura.


Conclusão

Concluímos que a Logística Empresarial também chamada de: Distribuição Física, Administração de Transportes e Administração de Materiais tem como atividades típicas, entre outras: transportes, gestão de estoques, processamento de pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais, embalagem e programação de produção.

A administração de atividades logísticas em um ambiente organizacional está voltada àquelas atividades necessárias para deixar produtos e serviços disponíveis aos clientes no momento, local e forma desejados. A ênfase situa-se nos problemas da empresa produtiva, pois a maioria das oportunidades e da pesquisa está nesta área. 

A Logística Empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A Logística é um assunto vital.

É um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram próximos donde os bens ou produtos estão localizados. Este é o problema enfrentado pela Logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem.

Numa economia livre é responsabilidade dos empresários proverem os serviços logísticos necessários, e, nos Estados Unidos, as empresas enfrentaram esta responsabilidade com notável grau de eficácia e eficiência. Contudo, as empresas operam dentro de um ambiente que muda constantemente, devido aos avanços tecnológicos, às alterações na economia e na legislação, e à disponibilidade de recursos.

Portanto, a filosofia da administração se altera com o tempo, de forma a se adaptar às novas exigências de desempenho para as firmas. A Logística assim representa uma nova visão empresarial, uma nova ordem das coisas.

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